O diabetes é uma doença provocada pela deficiência de produção e, ou, de ação da insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crônicas características. O distúrbio envolve o metabolismo da glicose, das gorduras e das proteínas e tem graves conseqüências tanto quando surge rapidamente como quando se instala lentamente. Nos dias atuais se constitui em problema de saúde pública pelo número de pessoas que apresentam a doença, principalmente no Brasil.
A doença não poupa ninguém: crianças, jovens, adultos ou idosos. Atualmente, acredita-se que há cerca de 240 milhões de pessoas portadoras do distúrbio.
O que acontece?
O nosso organismo precisa de combustível para funcionar. A glicose existente nos alimentos é o nosso combustível. Quando nos alimentamos, a glicose passa para o nosso sangue; todavia, para penetrar nas nossas células, necessita da insulina que funciona como se fosse um “transportador” que a leva para o interior das células, onde é aproveitada.
Há pessoas que não fabricam insulina; são as que possuem diabetes tipo 1 e precisam receber insulina por toda a vida. Outras têm insulina, porém esta não consegue funcionar adequadamente; necessitam de controle alimentar e podem precisar de medicamentos orais.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser presumido em pacientes que apresentam os sintomas e sinais clássicos da doença, que são: sede excessiva, aumento do volume e do número de micções (incluindo o surgimento do hábito de acordar a noite para urinar), fome excessiva e emagrecimento. Na medida em que um grande número de pessoas não chega a apresentar esses sintomas, durante um longo período de tempo, e já apresentam a doença, recomenda-se um diagnóstico precoce.
O diagnóstico laboratorial do Diabetes Mellitus é estabelecido pela medida da glicemia no soro ou plasma, após um jejum de 8 a 12 horas. Em decorrência do fato de que uma grande percentagem de pacientes com DM tipo II descobre sua doença muito tardiamente, já com graves complicações crônicas, tem se recomendado o diagnóstico precoce e o rastreamento da doença em várias situações. O rastreamento de toda a população é, porém, discutível.
Qual é a causa?
Não se sabe por que esse distúrbio metabólico acontece. Não há causa definida, mas pessoas com parentes diabéticos têm maior probabilidade de desenvolver a doença, principalmente se existirem outros fatores de risco, tais como: obesidade, estresse, sedentarismo, doenças infecciosas, abalos emocionais e gravidez.
Consequências
- Sintomas visuais: O paciente com DM descompensado apresenta visão borrada e dificuldade de refração. As complicações a longo prazo envolvem diminuição da acuidade visual e visão turva que podem estar associadas a catarata ou a alterações retinianas denominadas retinopatia diabética.
- Sintomas cardíacos: Pacientes diabéticos apresentam uma maior prevalência de hipertensão arterial, obesidade e alterações de gorduras. Por estes motivos e, principalmente se houver tabagismo associado, pode ocorrer doença cardíaca. A doença cardíaca pode envolver as coronárias, o músculo cardíaco e o sistema de condução dos estímulos elétricos do coração.
- Sintomas circulatórios: Os mesmos fatores que se associam a outras complicações tornam mais freqüentes as alterações circulatórias que se manifestam por arteriosclerose de diversos vasos sanguíneos. O "pé diabético" envolve, além das alterações circulatórias, os nervos periféricos (neuropatia periférica), infecções fúngicas e bacterianas e úlceras de pressão. Estas alterações podem levar a amputação de membros inferiores, com grave comprometimento da qualidade de vida.
- Sintomas digestivos: Pacientes diabéticos podem apresentar comprometimento da inervação do tubo digestivo, com diminuição de sua movimentação, principalmente em nível de estômago e intestino grosso. Estas alterações podem provocar sintomas de distensão abdominal e vômitos com resíduos alimentares e diarréia.
- Sintomas renais: O envolvimento dos rins no paciente diabético evolui lentamente e sem provocar sintomas. Os sintomas quando ocorrem em geral já significam uma perda de função renal significativa. Esses sintomas são: inchume nos pés (edema de membros inferiores), aumento da pressão arterial, anemia e perda de proteínas pela urina (proteinúria).
- Sintomas urinários: Pacientes diabéticos podem apresentar dificuldade para esvaziamento da bexiga em decorrência da perda de sua inervação (bexiga neurogênica). Essa alteração pode provocar perda de função renal e funcionar como fator de manutenção de infecção urinária.
- Sintomas neurológicos: O envolvimento de nervos no paciente diabético pode provocar neurites agudas (paralisias agudas) nos nervos da face, dos olhos e das extremidades. Podem ocorrer também neurites crônicas que afetam os nervos dos membros superiores e inferiores, causando perda progressiva da sensibilidade vibratória, dolorosa, ao calor e ao toque. Essas alterações são o principal fator para o surgimento de modificações na posição articular e de pele que surgem na planta dos pés, podendo levar a formação de úlceras ("mal perfurante plantar").
- Sintomas dermatológicos: Pacientes diabéticos apresentam uma sensibilidade maior para infecções fúngicas de pele (tinha corporis, intertrigo) e de unhas (onicomicose). Nas regiões afetadas por neuropatia, ocorrem formações de placas de pele engrossada denominadas hiperceratoses, que podem ser a manifestação inicial do mal perfurante plantar.
- Sintomas ortopédicos: A perda de sensibilidade nas extremidades leva a uma série de deformidades como os pés planos, os dedos em garra, e a degeneração das articulações dos tornozelos ou joelhos ("Junta de Charcot").
Tratamento
O importante é manter um bom controle da glicemia, seguindo corretamente as orientações médicas e nutricionais.
Na maior parte das pessoas com o diabetes, o bom controle das taxas de glicemia previne as intercorrências. O tratamento adequado do diabetes e o controle da pressão arterial são considerados fundamentais para evitar estas complicações, podendo, em alguns casos, até regredir os processos. É recomendável, também, o controle do colesterol, parar de fumar, ter uma dieta mais balanceada e até mesmo o uso de algumas medicações (sempre orientado por um especialista).
A doença não poupa ninguém: crianças, jovens, adultos ou idosos. Atualmente, acredita-se que há cerca de 240 milhões de pessoas portadoras do distúrbio.
O que acontece?
O nosso organismo precisa de combustível para funcionar. A glicose existente nos alimentos é o nosso combustível. Quando nos alimentamos, a glicose passa para o nosso sangue; todavia, para penetrar nas nossas células, necessita da insulina que funciona como se fosse um “transportador” que a leva para o interior das células, onde é aproveitada.
Há pessoas que não fabricam insulina; são as que possuem diabetes tipo 1 e precisam receber insulina por toda a vida. Outras têm insulina, porém esta não consegue funcionar adequadamente; necessitam de controle alimentar e podem precisar de medicamentos orais.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser presumido em pacientes que apresentam os sintomas e sinais clássicos da doença, que são: sede excessiva, aumento do volume e do número de micções (incluindo o surgimento do hábito de acordar a noite para urinar), fome excessiva e emagrecimento. Na medida em que um grande número de pessoas não chega a apresentar esses sintomas, durante um longo período de tempo, e já apresentam a doença, recomenda-se um diagnóstico precoce.
O diagnóstico laboratorial do Diabetes Mellitus é estabelecido pela medida da glicemia no soro ou plasma, após um jejum de 8 a 12 horas. Em decorrência do fato de que uma grande percentagem de pacientes com DM tipo II descobre sua doença muito tardiamente, já com graves complicações crônicas, tem se recomendado o diagnóstico precoce e o rastreamento da doença em várias situações. O rastreamento de toda a população é, porém, discutível.
Qual é a causa?
Não se sabe por que esse distúrbio metabólico acontece. Não há causa definida, mas pessoas com parentes diabéticos têm maior probabilidade de desenvolver a doença, principalmente se existirem outros fatores de risco, tais como: obesidade, estresse, sedentarismo, doenças infecciosas, abalos emocionais e gravidez.
Consequências
- Sintomas visuais: O paciente com DM descompensado apresenta visão borrada e dificuldade de refração. As complicações a longo prazo envolvem diminuição da acuidade visual e visão turva que podem estar associadas a catarata ou a alterações retinianas denominadas retinopatia diabética.
- Sintomas cardíacos: Pacientes diabéticos apresentam uma maior prevalência de hipertensão arterial, obesidade e alterações de gorduras. Por estes motivos e, principalmente se houver tabagismo associado, pode ocorrer doença cardíaca. A doença cardíaca pode envolver as coronárias, o músculo cardíaco e o sistema de condução dos estímulos elétricos do coração.
- Sintomas circulatórios: Os mesmos fatores que se associam a outras complicações tornam mais freqüentes as alterações circulatórias que se manifestam por arteriosclerose de diversos vasos sanguíneos. O "pé diabético" envolve, além das alterações circulatórias, os nervos periféricos (neuropatia periférica), infecções fúngicas e bacterianas e úlceras de pressão. Estas alterações podem levar a amputação de membros inferiores, com grave comprometimento da qualidade de vida.
- Sintomas digestivos: Pacientes diabéticos podem apresentar comprometimento da inervação do tubo digestivo, com diminuição de sua movimentação, principalmente em nível de estômago e intestino grosso. Estas alterações podem provocar sintomas de distensão abdominal e vômitos com resíduos alimentares e diarréia.
- Sintomas renais: O envolvimento dos rins no paciente diabético evolui lentamente e sem provocar sintomas. Os sintomas quando ocorrem em geral já significam uma perda de função renal significativa. Esses sintomas são: inchume nos pés (edema de membros inferiores), aumento da pressão arterial, anemia e perda de proteínas pela urina (proteinúria).
- Sintomas urinários: Pacientes diabéticos podem apresentar dificuldade para esvaziamento da bexiga em decorrência da perda de sua inervação (bexiga neurogênica). Essa alteração pode provocar perda de função renal e funcionar como fator de manutenção de infecção urinária.
- Sintomas neurológicos: O envolvimento de nervos no paciente diabético pode provocar neurites agudas (paralisias agudas) nos nervos da face, dos olhos e das extremidades. Podem ocorrer também neurites crônicas que afetam os nervos dos membros superiores e inferiores, causando perda progressiva da sensibilidade vibratória, dolorosa, ao calor e ao toque. Essas alterações são o principal fator para o surgimento de modificações na posição articular e de pele que surgem na planta dos pés, podendo levar a formação de úlceras ("mal perfurante plantar").
- Sintomas dermatológicos: Pacientes diabéticos apresentam uma sensibilidade maior para infecções fúngicas de pele (tinha corporis, intertrigo) e de unhas (onicomicose). Nas regiões afetadas por neuropatia, ocorrem formações de placas de pele engrossada denominadas hiperceratoses, que podem ser a manifestação inicial do mal perfurante plantar.
- Sintomas ortopédicos: A perda de sensibilidade nas extremidades leva a uma série de deformidades como os pés planos, os dedos em garra, e a degeneração das articulações dos tornozelos ou joelhos ("Junta de Charcot").
Tratamento
O importante é manter um bom controle da glicemia, seguindo corretamente as orientações médicas e nutricionais.
Na maior parte das pessoas com o diabetes, o bom controle das taxas de glicemia previne as intercorrências. O tratamento adequado do diabetes e o controle da pressão arterial são considerados fundamentais para evitar estas complicações, podendo, em alguns casos, até regredir os processos. É recomendável, também, o controle do colesterol, parar de fumar, ter uma dieta mais balanceada e até mesmo o uso de algumas medicações (sempre orientado por um especialista).
Fonte: Portal Diabetes
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