sábado, 2 de julho de 2011

Utilizando e REutilizando agulhas e lancetas

Essa semana recebemos um e-mail falando a respeito da reutilização de lancetas e agulhas. Para quem já convive com o diabetes há algum tempo parece um assunto desnecessário, no entanto, para quem está conhecendo a doença e seus apetrechos agora é de suma importância saber como utiliza-los e também como descartá-los!
Uma das coisas que todo diabético ou cuidador de diabético precisa saber sobre o manuzeio desses apetrechos é que lancetas, agulhas e seringas não devem ser descartadas em lixo domiciliar, ou seja, no lixo da cozinha ou do banheiro. Existem duas principais razões para isso, são elas: evitar que pessoas da mesma casa e coletores de lixo se machuquem e que esses materiais que tiveram contato com sangue transmitam agum tipo de doença.

O que fazer com esse lixo então? Depois de utilizados eles podem ser colocados de volta na embalagem plástica que vieram, assim, impede que alguém possa se ferir. O ideal é que esse material seja levado para uma instituição de saúde (posto de saúde, hospital, etc) para que eles levem para o local adequado.
Sabemos que o mais correto seria jamais reutilizar agulhas tanto de seringas como de canetas. Mas também sabemos que o custo do tratamento do diabetes é alto, e nem todos recebem os insumos necessários para realizar o tratamento ideal. Nesse caso, as agulhas podem ser reutilizadas, apesar de tornar a aplicação de insulina mais difícil, dolorosa e com risco de infecção nos pontos de aplicação. Para as canetas de insulina, a reutilização é ainda mais delicada, devido a agulha ser muito fina e o desgaste ser mais intenso em cada aplicação.
A reutilização das lancetas entra no mesmo caso das agulhas. Podem ser reutilizadas até 2 vezes, porém, jamais devem ser compartilhadas.
A recomendação é a da NÃO reutilização porque quanto mais as agulhas e lancetas são utilizadas maior vai sendo o desgaste e os prejuízos para quem usa. Para explicar um pouco do que são esses desgastes vamos citar o tecido subcutâneo, local onde a insulina deve ser injetada, abaixo da pele e acima do músculo, como na foto ilustrativa
Entre esses desgastes podemos citar:
  • Diminuição da lubrificação: a maioria das agulhas são envoltas com silicone, em cada aplicação o silicone vai sendo removido, o que dificulta o deslizamento da agulha tornando a aplicação mais dolorosa.
  • Obstrução: a insulina que fica nas paredes da agulha pode cristalizar, bloqueando a passagem adequada da insulina. Pode chegar ao ponto de entupir a agulha.
  • Alteração da ponta: a ponta da agulha vai adquirindo o formato de anzol. Como na figura abaixo
Isso diminui a capacidade de penetração na pele e no tecido subcutâneo, provocando micro traumas. Esses locais de aplicação podem sangrar tornando-se avermelhados e apresentar hematomas. Nessas condições podem ser formadas as lipodistrofias (alterações no tecido subcutâneo que causam redução da sensibilidade na região, absorção irregular da insulina, alteração desfigurante na região…).
  • Entrada de ar no refil da caneta de aplicação: a agulha reutilizada favorece a entrada de ar e saída de insulina da caneta.
  • Nas seringas reutilizadas ocorre: diminuição nas marcas da escala de graduação.
Essas são algumas recomendações que recebemos de médicos e de um informativo cedido pela Sanofi-Aventis. Fiquem atentos a alterações e informe sempre o seu médico.

Fonte: http://www.glicemiasonline.com.br/blog/utilizando-e-reutilizando-agulhas-e-lancetas/

Um comentário:

  1. Muito obrigado pela informação,pois procurei em muitos sites e não achei e,ainda tirei uma duvida da minha mãe.

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