Um novo tipo de insulina, denominada degludec, permite melhor controle da glicose no sangue, de acordo com dados apresentados nesta última quinta-feira, no Congresso da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes (EADS), realizado em Estocolmo, capital sueca.
Como observado por Rafael Simó, chefe da seção de Endocrinologia do Hospital Vall d’Hebron, em Barcelona, ”essa nova insulina tem um perfil muito estável, que permite que o paciente a aplique apenas uma vez a cada três dias”, o que significa uma poupança de mais de 200 agulhadas por ano.
A insulina por injeção subcutânea é indicada em pacientes com diabetes tipo 2, a forma mais comum da doença, e é especialmente útil em pacientes idosos. Depois de ser administrada, a insulina se deposita dentro do corpo e é absorvida de forma contínua até a corrente sanguínea, permitindo um perfil de ação lenta e prolongada.
“A percentagem de idosos diabéticos está aumentando, atingindo valores de 30-40 por cento.E os pequenos passos para reduzir o número de picadas melhora a qualidade de vida dos pacientes”, afirmou Simó.
A dificuldade no uso da insulina pode levar a uma baixa concentração de glicose no sangue que provoca hipoglicemia em pacientes diabéticos. Simó registra que a degludec de liberação lenta produz uma menor taxa de hipoglicemia em comparação com o atual tratamento com insulina glargina: 92% de diabéticos tipo 2 que se tratam com a nova insulina não apresentam hipoglicemia em comparação com 77% daqueles tratados com insulina glargina.
Quanto aos efeitos colaterais que os usuários podem encontrar, o especialista lembrou que até agora são mínimos, ainda que se deva esperar até que a nova insulina seja comercializada, a fim de se obter dados de um número grande de pacientes.
Como afirmou Teresa Briones, assessora médica da Novo Nordisk, empresa que comercializa a droga, o controle glicêmico adequado evita lesões microvasculares na retina, rins e vasos periféricos e complicações macrovasculares, como infarto do miocárdio.
texto extraído do site Portal Diabetes
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