quinta-feira, 14 de julho de 2011

Cura do Diabetes - (meu caso e minhas impressões sobre o tema)

Descobri que estou diabética há alguns meses. Aliás, faz muitos meses que eu digo que há alguns meses e daqui a poucos se transforma em um ano (ou dois ou três...) e eu ainda não tomei as providências que deveria, talvez tentando evitar encarar a coisa de frente.

O fato é que eu ainda não fiz um exame médico mesmo, pra saber exatamente que tipo de Diabetes eu tenho e qual o melhor tratamento. Eu sei que tenho porque comecei a sentir os sintomas – que sinto até hoje – há (muitos) meses. Principalmente sede em excesso e crises de hipoglicemia que sempre me dão muita tontura, dor de cabeça muito forte e enjoo. Minha mãe trabalha na área da saúde e já tinha um glicosímetro em casa. Então, em um dia qualquer do último mês de novembro, resolvi fazer o teste de glicemia. Deu 290. Em jejum. Por ouvir sempre ela falando a respeito e por já ter lido algumas coisas sobre o assunto, eu sabia que era um mau sinal. Na verdade, sabia que era praticamente certeza. Meu pai tinha diabetes tipo 1 (a diabetes juvenil) desde os 17 anos, a probabilidade de eu também ter era bem grande. Reduzi quase que a zero o meu consumo de açúcar, mas não consegui substituir os carboidratos. Fiz o teste, em jejum, novamente, alguns dias depois. 296. Não estava funcionando.

Eu sei que nesse momento eu deveria ter procurado um médico. A média em jejum deve estar abaixo de 124. Esses números significam a concentração de glicose no sangue, medida em gramas por decilitro (mg/dL). Mas aí eu não fui ao médico e fui adiando e adiando. Na realidade, ainda não fui. Não sinto nada além dos sintomas que falei, mas sei que não deveria estar adiando isso. Eu já procurei médicos algumas vezes, mas parece que em Teresina os endocrinologistas só atendem escondidos, rss...

Hoje é o dia da campanha entre os blogueiros do Brasil para promover um debate – não apenas entre os diabéticos – a respeito da cura para essa doença. Eu nem comecei meu tratamento mesmo, mas, de verdade, adoraria saber que poderia me livrar para sempre da responsabilidade e da obrigação de me cuidar, de controlar cada carboidrato que eu como, de verificar cada alteração na minha taxa glicêmica, do medo de ter qualquer tipo de complicação por conta do Diabetes... Eu sei que agora eu provavelmente não sentirei nada além de alguns sintomas e crises de hipoglicemia, mas no futuro, os riscos são muitos. O Junior, idealizador do Blog, me convidou para que eu escrevesse sobre a campanha. Eu aproveitei para contar um pouco da minha situação, para que os leitores do Blog possam entender a minha perspectiva diante do tema/problema.

Sim, eu acredito na cura para o Diabetes. Acredito que com boa vontade e dedicação de quem pode e tem condições de investir nisso (a.k.a. governo estadual/federal) muita coisa pode ser realizada. E, ainda não seja possível, agora, uma cura completa, que livre os diabéticos das insulinas ou dos medicamentos diários, ao menos uma forma de reduzir a forma invasiva como esses tratamentos são realizados. Se eu disser que a minha relutância em buscar o tratamento não tem a ver com a forma como o tratamento é realizado, vou estar mentindo. É claro que eu tenho medo. Não é medo da agulha da insulina. É das agulhas, das insulinas, dos remédios, dos controles glicêmicos, do stress de uma glicemia alterada, do medo de não ter a insulina necessária... Estando como estou, não me sinto exatamente doente. Apesar de saber que, no fundo, estou só me enganando.

Espero que até que surja uma solução definitiva pra o problema de todo mundo que sofre com o Diabetes, eu consiga tomar uma atitude e comece com as pequenas e eternas soluções para o meu problema.

Força pra todos nós. ;)



p.s.: Agradeço imensamente ao Júnior pela oportunidade de escrever aqui tudo isso. Escrever SEMPRE me ajuda muito. Agradeço também pelas conversas que tivemos (quase sempre com ele me mandando procurar um médico, haha). Agradeço ainda pela gentileza imensa da Jeane Melo, mãe do Enzo, que sempre foi extremamente gentil e atenciosa quando precisei dela. Estarei disponível, sempre que possível, para qualquer coisa. :)

Boa sorte (pra gente)!

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