segunda-feira, 30 de maio de 2011

Automonitorização



Entenda um pouco o caso: dei entrada na FMS para receber as tiras reagentes. Estou só com 7 meses aguardando. Agora, me diga: é possível controlar a diabetes com essa assistência? A lei tem o intuito de facilitar e regularizar a distribuição dos medicamentos necessários. Por esse motivo ela é muito importante.

Conheça um pouco mais  os porquês de monitorar a doença. 


A automonitorização glicêmica, que é a prática do paciente diabético medir regularmente a sua própria glicemia através de fitas e/ou aparelhos de uso doméstico (glicosimetros), é uma oportunidade para o diabético assumir o controle da sua própria saúde. Medir freqüentemente a glicemia é uma das melhores maneiras de determinar se o tratamento para o diabetes está sendo efetivo, isto é, se a glicemia está sendo mantida o mais próximo do normal possível.
Os exames de laboratório solicitados regularmente pelo médico (glicemia venosa, hemoglobina glicada etc.) fornecem uma estimativa da qualidade do controle glicêmico, mas apenas a monitorização domiciliar da glicemia pode permitir ao paciente o ajuste fino do plano de tratamento, conforme a variação do diabetes de um dia para o outro e com as diferentes situações do cotidiano.
Os níveis de glicemia elevados são responsáveis pelas complicações do diabetes. Portanto, o acompanhamento da glicemia, ou automonitorização, é recomendado a todas as pessoas com diabetes, seja do tipo1, tipo 2 e no diabetes gestacional (aquele que ocorre em algumas mulheres durante a gravidez). 

O teste de glicemia capilar possibilita conhecer os níveis de glicemia durante o dia, em momentos que interessam para acompanhar e avaliar a eficiência do plano alimentar, da medicação oral e principalmente da administração de insulina, assim como orientar as mudanças no tratamento. 


Para quem tem diabetes, existem alguns fatores que ajudam na manutenção das taxas de glicemia próximas aos valores normais, tais como:

• controle no consumo de alimentos (qualidade, quantidade e regularidade de horários nas refeições);
• ajustes nas dosagens dos medicamentos; 
• exercícios físicos regulares; 
• uso correto da medicação (insulina ou antidiabéticos orais); 
• realização de testes de glicemia capilar (também conhecidos por teste da “gotinha” ou “ponta-de-dedo”) em horários adequados para ajuste no tratamento. 

Recomendações para tornar o tratamento mais efetivo através da monitorização 

A freqüência do perfil glicêmico, como chamamos o conjunto de glicemias capilares realizadas num dia, irá depender do objetivo que se queira atingir, do grau de controle emocional para realizar vários testes, da condição sócio-econômica, além dos medicamentos utilizados. Portanto, as metas devem ser individualizadas e determinadas de acordo com o nível desejado de glicemia e ser adequada para o profissional médico e para o portador de diabetes. 

Quem usa a bomba de infusão contínua de insulina normalmente mede a glicemia várias vezes por dia para administrar a quantidade calculada de insulina em relação à quantidade de carboidrato a ser ingerida em cada refeição. 

Quem tem diabetes tipo 1 ou 2 e usa insulina, deve fazer testes de glicemia com mais freqüência: jejum, antes da alimentação, antes e após o exercício físico, quando há suspeita de hipoglicemia ou hiperglicemia, nas doenças intercorrentes (infecções, vômitos, diarréia) e nos ajustes de doses de insulina. 

Quando a pessoa é orientada pelo médico a realizar a suplementação de insulina R (ação Rápida) ou UR, (ação Ultra-Rápida), deverá fazer as glicemias capilares antes das refeições. 

Para quem tem diabetes tipo 2 e usa hipoglicemiantes orais além de insulina noturna, o consenso brasileiro preconiza glicemia de jejum e antes do jantar. Porém, vale ressaltar que devemos estar atentos às glicemias após as refeições no diabetes tipo 2, cujo tratamento é feito com ou sem insulina, para avaliar a eficiência ou necessidade de mudança na medicação. Portanto, embora nesse caso a monitorização possa ser menos rigorosa, é importante que, pelo menos um dia por semana, o portador de diabetes tipo 2 faça testes de glicemia após o almoço e o jantar. Isso irá ajudá-lo a entender melhor a absorção dos alimentos e a necessidade de um melhor controle alimentar. 

A glicemia capilar deve ser realizada toda vez que houver suspeita de hipoglicemia e repetida sempre que os resultados ficarem fora dos objetivos determinados com o médico. 

Recomendações da Associação Americana de Diabetes (ADA) 
• Glicemia em jejum: 70 a 99 mg/dl 
• Glicemia pós prandial, até 2 horas após alimentação: 70 a 140 mg/dl

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